sábado, 21 de abril de 2012

Quando éramos pequenos...

... sabíamos muito menos do que sabemos agora. Não trago novidade nenhuma com isto, pois claro. A vida ensina-nos: desenvolvemos capacidades e dons, apuramos o modo de gostar dos outros e das coisas, revelamo-nos, muitas vezes, a nós próprios. Ah, e em princípio deixamos de comer com as mãos! ou não...
A Suécia ontem esteve de cara feia, um dia molhado de cores zangadas, um vento de torcer chapéus de chuva. Ainda assim, foi um dia bom e generoso, com bons encontros, com amizade. E, como em 6.ª feira sueca que se preze, o jantar foi... diferente. JURO que lavei as mãos antes de comer, À MÃO!!
Economizo nos detalhes, mas posso dizer que foi comida etíope, bastante saborosa e servida talvez sem requintes de etiqueta, mas com um charme muito próprio. Eu diria que um dos truques é comer num lugar onde haja pouca luz, para disfarçar o ar encardido que se pega aos dedos e se agarra às unhas. De resto, recomendo!

domingo, 8 de abril de 2012

Ir, escutar, ver, sentir, celebrar


Já sabem os que lêem estes filetes que, de vez em quando, peço uns favores. Não são coisas difíceis, confio eu: peço sobretudo o uso do coração e dos sentidos.
Desta vez, gostava que fossem a este concerto: escutem-no, vejam-no, toquem-no, sorriam-no por mim.
Aplaudam por mim Allegro f os 25 anos de música, de generosidade!
Aplaudam por mim f crescendo todos e cada um que tornaram possível o concerto!
Aplaudam por mim ff molto espressivo o Maestro e os Cantores!

Rebaldaria em sueco diz-se...

... rabalder.
Não, é verdade que não vem muito a propósito de Páscoa.
É igualmente verdade que os meus pais não me mandaram para o estrangeiro para aprender estas palavras que, enfim, têm uma utilidade relativa (LOL, tanto disparate junto!).
É facto, todavia, que o quotidiano aparentemente descontraído não perde a capacidade de me surpreender, e quando ouvi a palavra "rabalder" perguntei, com jeitinho (com jeitinho, sim, que as minhas curiosidades linguísticas às vezes deixam o pessoal atrapalhado...): o que é que isso quer dizer? E da resposta retirei a palavra perfeita em português - a confusão, a desarrumação, a rebaldaria. Vejamos a palavra aplicada a um exemplo inócuo: Anda uma grande rabalder nas contas do Estado Português.
Ah, e por falar em matérias de Língua e afins, ainda há dias devolvi aqui na biblioteca um livro chamado Os verbos irregulares portugueses. Um equívoco divertido! Quase tão bem sucedido como um relógio que tive em tempos (ofereceu-mo a Nita), em que o que se movia eram os números (e no sentido inverso, para dificultar mais), assim que os passageiros mais próximos, nos autocarros, quase torciam o pescoço para tentar espiar as minhas horas! No caso do livro, passei algumas vezes por aplicada especialista em gramática, quando estava a ler, afinal, um conjunto de contos cheios de ironia.
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A minha mãe faz anos hoje (9 de abril), e porque ela gosta destes meus vizinhos, fica aqui uma cantiga cheia de genica e "adolescência" para ela poder fazer coro e dançar lá em casa. PARABÉNS, Mimi! Does your daughter know that you're out? ;)