domingo, 9 de fevereiro de 2014

Entusiasmo abaixo de zero


Never say never, porque afinal o antes impensável pode acontecer. (O antes impensável? Soa quase tão bem como inconseguimento, não vos parece?!)

Estou, há quase duas horas, a seguir transmissões em directo de diferentes modalidades olímpicas. E dou por mim a torcer por atletas suecos como se fossem a Rosa Mota no último meio metro da maratona! Ou seja, faço o que uma grande parte dos escandinavos faz num Domingo assim: uma caneca de café, uns biscoitos e esqui & companhia na televisão.
Um sueco chamado Marcus Hellner ganhou, há pouco, a prata em Esqui de Fundo, e uma final assim não deixa dúvidas de que se transpira muito, mesmo abaixo de 0°! Eu fico exausta (eu, que não sou nada uma pessoa de desporto - desculpa, tio Paulo!) só de pensar em cada músculo do corpo que se mexe para vencer provas contra a neve, contra o frio e contra os outros, que também querem a medalha.
Devo dizer-vos, não é nada difícil ficar entusiasmada com o que estes talentos conseguem alcançar. Viver no norte ainda não parou de abrir horizontes desconhecidos.

A pátria branca e fria de Dostoievski, Tolstoi e Pasternak recebe estes Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi. Se não pensar em todas as controvérsias e me abstiver dos absurdos custos de que se fala, então resta elogiar a cerimónia de abertura, impressionante e emocionante.

Tudo acontece sobre neve ou gelo; Rússia, Canadá, Estados Unidos, Noruega e Suécia são alguns dos candidatos mais fortes a somar medalhas. E agora não fiquem à espera de que eu siga com comentários interessantes, porque não estou à altura de nada mais eloquente do que isto no que toca a Jogos Olímpicos de Inverno. Pode ser que até 2018 aprenda mais alguma coisita! Por enquanto, vou "domingar"  mais um pouco e continuar a ver provas cujas regras desconheço.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tulipas e outras coisas boas (ou menos boas)

Bom dia!
Novo sábado, nova oportunidade para a preguiça. Mas não! Voltei a acordar cedo. Os limpa-neves são ruidosos e arrastam-me dos meus sonhos quando a luz ainda está para nascer. E porque andariam esses raspadores de ruas lá fora? Porque há uns 10 centímetros de neve a forrar os caminhos desde ontem. Um nevão muito mais sério do que os incipientes flocos que iam caindo nas últimas semanas.

Por esta hora (9 e picos em Portugal), já tomei o pequeno-almoço, folheei o jornal e o Facebook, paguei umas contas online e cuidei das tulipas, que cresceram muito durante a noite.
Diria uma colega do trabalho que as tulipas são a nossa consolação entre o fim da época natalícia e a Primavera. São o que dá cor a estes dias que se pintam com uma palete de brancos e cinzentos. E é um pouco assim. Com a chegada de Fevereiro, porém, não só as tulipas darão cor e alento; vi ontem numa app da meteorologia que, entre hoje e o próximo sábado, o período de luz vai aumentar 25 minutos. E a cada semana que passe, a diferença será cada vez mais visível. O sonho da Primavera é possível outra vez! :)

Ora, uma aspiradela é o que se segue, o duche a seguir, e uma caminhada até casa de uns amigos, onde vou almoçar. Tudo isto são coisas boas.

Depois, quase que a comemorar o aniversário da Theatron, vou ao teatro. Sabem no que pensei quando soube do evento? Num "pijama" de sobremesas. Porque é mais ou menos isso que vou ver: um "pijama" de pequenas companhias de teatro, que dão a provar um pouco do seu trabalho. Esta também me parece uma coisa boa.

Ontem aconteceu a primeira das aulas particulares de português com uma aluna sueca. O amor diz que tem destas coisas! O namorado é português, vive cá, e ela resolveu aprender a língua para lhe poder falar ainda mais ao coração. Para mim são um prazer estes encontros com aqueles que, genuinamente, apreciam a Portugalidade. Esta é, sem dúvida, uma coisa boa!

O que não é bom é o hábito dos meus vizinhos do andar de baixo! Já vamos no segundo tapete que me desaparece da porta para reaparecer à entrada de alguém no primeiro andar! Ou suspeitam que eu tenho sentido de humor e isto é só uma piada aos fins de semana, ou então... há os governos que tiram aos contribuintes e os vizinhos que tiram aos vizinhos. A comparação não é brilhante, mas qualquer uma das coisas é feita sem respeito e com uma grande dose de lata!