Conheci os primeiros convivas suecos já há quase duas mãos de anos.
Recordo o meu farto rabo-de-cavalo dessa altura - ficou então na Suécia, e nunca mais voltou a ser o mesmo.
Foi esta a história, em poucas palavras: em visita a Västeras com os muito(s) amigos do Coral de S. Domingos, uma tal moçoila [=) não digo, não digo, não digo] fez o favor de esconder os meus elásticos, travessões, ganchos e adereços capilares afins, e assim, da noite para o dia, vi-me sem escolha senão sair para as ruas nórdicas de cabelos ondulados ao vento (vento, com certeza, e chuva também é uma forte probabilidade). Foi uma mudança e tanto, agora que volto a pensar nisso!
A partir da hora do pequeno-almoço, certamente marcada na véspera, seguiram-se as manifestações de surpresa pelo meu novo look. Os portugueses entoavam o espanto para fora, os suecos aspiravam os Ahs e Ohs!...
Ficou-me aquilo como uma espécie de mistério.
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Cá em casa, o Kenneth gosta de ir sabendo que peculiaridades descubro entre os "sueco-västerasianos", e eu, sem grande vergonha, falei-lhe das surpresas aspiradas. E quem diz o espanto, diz outras emoções: é deixar os lábios entreabertos e HAH! ou HOH!... mas ao contrário - é para dentro. Isso!
Ora, soluços não são (esvai-se, com isto, a teoria de um amigo...), mas também não se chegou a nenhuma conclusão brilhante.
Como ainda não estou bem falante deste idioma, não consigo avaliar se é por se gastar muito ar nalgumas palavras, que depois se fica em aflição para recuperar fôlego.
Pronto, era isto que tinha para hoje. Para a próxima? Vem vet?