quinta-feira, 29 de março de 2012

Quase como ela


Sabe-se que, não tão raras vezes, faço pequenas viagens na memória. Costumam acontecer antes da escrita - as palavras são apenas uma desculpa para poder partilhar o que recordo.
Aconteceu no fim de semana passado, quando parti à descoberta de mais 600 quilómetros de Suécia. (Ainda assim só cheguei a meio, continua a outra metade por percorrer.) Östersund era o destino, e os anfitriões proporcionaram três bons dias de passeio, paisagem e gastronomia, não obstante o vento, o frio, a neve em estado de "derretência" (apeteceu-me inventar...)
Encantei-me, entre outros detalhes da paisagem, com o facto de estar num lugar onde o ar é absolutamente limpo. Como é que sei? Caminhando na floresta - vendo as árvores numa vizinhança verde, densa, misteriosa, silenciosa, cúmplice -, reparei que nascem nalguns ramos uma espécie de barbas: explicaram-me que é um indicador de ausência de poluição. Parece-me que até aumentei o número de inspirações por minuto, na esperança de fazer uma privilegiada limpeza das vias respiratórias.
E foi lá, a 600 quilómetros do lugar a que já me habituei, que ouvi falar de uma tal raposa desinibida. A que pousa para a fotografia com o seu olhar mais esperto. A que é quase como a Raposa Salta Pocinhas, que eu tanto gostava de ver na RTP quando era, pronto, menos madura do que sou agora ;) Aquela cujas orelhas atentas, peludas e alaranjadas me fez lembrar vários quadros de infância.
Obrigada à Helena e ao Jimmy por me cederem uma fotografia tão especial e rara!

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