sábado, 3 de dezembro de 2011

Agora percebo



Não sei que idade eu teria quando a minha avó Tupperware chegou, num Natal, trazendo umas maçãzinhas vermelhas de plástico na bagagem. Era a "moda", explicou-nos: estava em todas as montras finas de Lisboa. Era bonito, pois, enfeitar os pinheiros, naturais ou não, com os ditos frutos.
Não ficava mal, não, embora a decoração sugerisse uma ligação que, no mínimo, deve contrariar uma qualquer lei da botânica!
Ainda assim, a diversidade de símbolos para o Natal é tanta (e, por vezes, tão... peculiar), que a graça das maçãs não chocava ninguém.
Voa-se, porém, do passado para o presente e algumas curiosidades se esclarecem. É, pelo menos, a minha teoria (dê-se o desconto!).
Ora, entre Julho e Agosto crescem centenas de milhares de maçãs nos pomares e jardins suecos, e são incontáveis as que ficam por colher, umas quantas persistindo nas árvores até Dezembro. Mesmo quando todas as folhas já abandonaram os ramos, as maçãs lá ficam, vermelhas ou amarelas. Aqui mesmo na minha rua se vêem umas.
Parece-me que alguém um dia olhou, colheu, deu uma dentada... e pensou que aqueles frutos já não estavam comestíveis, mas que combinavam bem com o centro de mesa da ceia de Natal. E depois experimentou a pendurar no pinheiro! E depois disso muitos senhores começaram a fazer maçãs em série com uma marca a dizer Made in China.
Teria sido assim? Vem vet?

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