segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Da Iglo, do Pingo Doce... ou do quintal




Atravessar uma fronteira, seja ela a que distância for da nossa casa, é garantir que se afina a objectiva da observação e da atenção que prestamos às coisas, mesmo às mais triviais. Quer dizer, pelo menos a mim é o que tem acontecido.
Aqui ao Norte, um rótulo de um produto diz muito. Se é legume, saberemos se é biológico. Se é peixe, saberemos onde é pescado e se é certificado. Se é pão, saberemos se é saudável. Se são leite, queijo ou iogurtes, os rótulos dão a conhecer se se trata de produção sustentável e que percentagem de gordura contém o produto. Eu chamar-lhe-ia quase "texto literário do consumidor". Mas o que parece ser facto é que toda a informação visível ensina, de algum modo, o consumidor a comprar o que é melhor para a sua saúde. E sim, colocam-se questões sobre preços, mas acabará por vencer o lado salutar da compra.
Vejamos os congeladores dos portugueses (vão lá espreitar, que eu espero...).
Pronto. Estava ou não estava lá um pacotito de salsa picada ultracongelada da Iglo ou do Pingo Doce? Bem provável que sim.
Pois hoje, entrou na cozinha um molho, mas um senhor molho, de salsa fresca e mega-biológica vinda do quintal. Quase não se via a Birgitta por detrás do mato aromático!
A bendita erva para bons temperos cresceu lá fora durante as semanas de Verão, e acaba picadinha, guardada em pequenas caixas no congelador, numa reserva que deve durar até à proxima Primavera. Assim fazem as formigas das fábulas. É bem visto!
Não é que se trate de uma grande descoberta, bem entendido. Na casa dos Guitas também aprendi a fazer reserva de produtos de boas quintas e nas épocas certas (longas tardadas, vi eu, a descascar ervilhas e favas e arranjar beldroegas, para depois congelar!).
O que prende mais a minha curiosidade, de facto, é que, na Suécia, o acto de preservar a saúde e a natureza em simultâneo é verdadeiramente consciente. Já em Portugal, ainda há bem pouco tempo os anúncios televisivos ensinavam a separar o lixo em 3 cores...
Lá está, chego ao fim das "premissas" sem lhes querer atribuir nenhuma conclusão retumbante. Ainda assim, foi a forma que encontrei de homenagear gestos sustentáveis que são de louvar.
E fica o olfacto com o protagonismo do dia, já que a inspiração de hoje foi o cheiro a salsa.

1 comentário:

  1. da do quintal!:) sem dúvida, mais cheirosinha e "jasuína" :))...
    beijocassss
    vovómaria

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