sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A lua vista daqui


A lua. Sei pouco sobre ela.
Em Patalim, quando era miúda, procurava-se o fresco nas noites de Verão e davam-se passeios quase às escuras, apenas com o luar e as estrelas a servir de candeias.
E então era certo que lá vinha uma lição de astronomia, com o dedo indicador do pai academicamente apontado "p'r'áli": os meus olhos tentavam rolar até às Ursas, e perdiam-se bastante pelo caminho (viam ursas onde nem havia estrelas!).
Já a lua, era e é um ponto fácil de encontrar, e daqui também se avista. Hoje está em quarto redondamente crescente.
*******
A lua... Sei pouco sobre ela, mas acho-a bonita. Sem sorriso, nem bocejo, nem pijama, nem gorro, como a pintam nos livros de histórias. É bonita ao natural.
Parece-me que guarda uns segredos muito seus, mas os tons de mistério ficam-lhe bem, vão usar-se muito na próxima estação.
No começo da fase crescente, a minha imaginação (dê-se o desconto, por ser imaginação e por ser minha) transforma a lua numa unha, redonda e bem cuidada, que coça as estrelas ou as comichões do céu. Dá jeito!
*******
E o que a música sabe sobre ela? Isso é o que vale a pena no "filete" de hoje!

3 comentários:

  1. pois... a música!... mas o teu texto, Amigaminha, É! :)
    beijocassss
    vovómaria

    ResponderEliminar
  2. Gostei do texto corrido, correcto, contido. Gostei das memórias sentidas. Gostei da imaginação à solta. Gostei, finalmente, da música escolhida, sempre tão importante para sublinhar o que queremos dizer.E como gostei, voltarei:))))

    (vim até aqui pela mão e pela ternura da "vovó Maria", de quem tenho a honra de ser amiga)
    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Danou-se! Cheguei atrasado...
    E agora... digo o quê?! :-)))

    Abreijo

    ResponderEliminar